Poesia que Brilha
31 poemas de Vitor Biasoli
Penso que o lugar onde guardamos nossos livros diz muito quanto a nossa admiração e o apreço pelo autor. É como a louça da vovó, muitas vezes exposta como um troféu na cristaleira. E assim, em minha estante, “Calibre 22”, primeiro livro de poemas publicado por Vitor Biasoli, está posicionado entre Cruz e Souza e Sylvia Plath. Pelotense de nascimento, porto-alegrense de vivências, santa-mariense por opção, ao conversarmos demoradamente com ele, é fácil perceber que o Planeta Biasoli gira numa órbita peculiar.
Há uma curiosidade inefável no seu olhar, um brilho ávido que desvela não apenas sua mortalidade, mas a de todos nós. E assim como a lua influencia o movimento das marés, a Paisagem Marinha do poeta surge como memórias em translação, objetos bem identificados que zurzem de um lado para o outro, feito libélulas numa cena pastoral ou grilos que rasgam o silêncio sepulcral de um anoitecer.
Passado-presente, cinzas-azulados, sexo-e-amor, reminiscências à deriva, camarões de outro planeta, luz-e-sombra e o opaco-iluminado da existência esperneia nas páginas de “Paisagem Marinha”. Segure firme, o que está entre suas mãos é um senhor livro de poesia, um material sólido que reluz como prata polida agora há pouco.
Márcio Grings,
Memorabilia Books
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